Capítulo 65

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- "Papai"? - Velasco perguntou em um tom ríspido, alternando o olhar para Manu, Poncho e Anahí, enquanto todos viam Manu correr até Poncho para lhe dar um abraço.

A respiração de Anahí ficou muito pesada. O sentimento de Manu era puro e seu carinho por Poncho era muito especial, não queria que seu ex-marido brigasse com Poncho e muito menos com o filho por causa disso.

Se fosse apenas com ela, não se importaria. Simplesmente deixaria ele falar, porém, sabia que as coisas entre eles poderia ser bem diferente.

Poncho abaixou-se, deu um abraço na criança e um beijo em sua testa. Em seguida, trouxe Dani para perto, para que desse um abraço no aniversariante.

- Dê os parabéns e o presente pra ele, filho! - disse olhando para Dani.

Enquanto as crianças se abraçavam e Dani entregava o presente para Manu, Velasco caminhou até eles com firmeza. Escutar o próprio filho chamando outra pessoa de pai soava como um grande desaforo para ele.

- Como assim você está fazendo o meu filho te chamar de pai? - Velasco perguntou para Poncho com o tom mais agressivo.

- Eu não incentivei... - Poncho disse com tranquilidade. - Acho que ele está vendo o Dani me chamar de pai e acabou repetindo.

Ao se aproximar deles, Manu tinha acabado de sair do abraço com Dani e havia pego o presente, estando com ele em suas mãos. Velasco se abaixou, pegando nos braços de Manu e tomado pela raiva, falou em um tom autoritário.

- Ele não é seu pai! Seu pai sou eu!

Manu olhou assustado . Nunca tinha visto o pai agir daquele jeito. Seus olhos imediatamente se encheram de lágrimas.

Anahí e Poncho tentaram inetrvir na mesma hora.

- Você não tem o direito de falar assim com ele! - Anahí disse com raiva enquanto de aproximava.

- Ei! - Poncho tentou tirar as mãos de Velasco que estavam segurando a criança. - Ele não falou por mal!

- Ele é meu filho! - Velasco disse no mesmo tom. - Não se intrometa nisso!

- Eu me intrometo porque ele pode não ser meu filho, mas é meu enteado! E mesmo que não fosse, ele é uma criança e eu vou protegê-lo.

Com o susto do grito do pai, junto com o clima tenso que havia se instaurado, Manu começou a chorar. Anahí se abaixou, sentou-se no chão e trouxe o filho para perto de si.

- O papai gritou comigo! - disse chorando, enquanto se apoiava no ombro de Anahí para que ela pudesse lhe consolar.

- Calma, meu amor! Fica tranquilo! A mamãe está aqui! Não vai acontecer nada! - ela disse e depois virou-se para Velasco. - Viu o que você fez?

Com a cena, Dani pediu colo ao pai, pois também estava assutado.

- A culpa é sua! - Velasco disse, ainda com raiva. - Como você permite que o MEU filho chame esse aí de pai?

- Ele sentiu um carinho pelo Poncho e acabou chamando! - Anahí disse, enquanto ajeitava o filho para que ele ficasse em seu colo e se acomodasse sem pressionar a sua barriga. - Não há mal nenhum nisso!

- E você gostaria que o Manu chamasse outra pessoa de mãe?

- Se fosse uma mulher que tratasse bem o Manu e quisesse o bem dele, eu não veria mal nenhum!

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now