Capítulo 9

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          Quando Dulce chegou na sala, todos estranharam que ela estava sozinha.

         - Cadê eles? – perguntou Velasco.

         - Quando Poncho entrou no quarto, eu fui no banheiro e voltei para cá. – Dulce disse. – Devem estar arrumando os brinquedos!

         - Guardando os brinquedos? – estranhou Diana. – Poncho nunca faz isso.

          - Mas a Anahí faz. – Manuel Velasco disse, dando risada. – Manu sempre tem que guardar todos os brinquedos!

           - Quem diria! A Anahí? – Dulce falou enquanto caminhava até o seu marido e sentava ao seu lado. – Sempre a mais bagunceira de todos!

         Assim que sentou, Dulce deu um breve beijo nos lábios do seu marido, sendo observada atentamente por Christopher. Ele sentia raiva vendo aquilo, parecia provocação. Olhava cada movimento da mão de Dulce que ia de encontro da mão de Paco para entrelaçar os dedos. Ele beijou a mão da esposa e esta lhe sorriu.

        No quarto, Poncho abriu a porta para Anahí passar com Manu e saiu logo em seguida. Assim que saíram deram de cara com a Maite na porta, esperando-os.

          - O que aconteceu, Mai? – perguntou Poncho. – não achou o banheiro?

          - Achei, - ela riu. – Já fui! Mas fiquei esperando aqui na porta para não acharem que vocês estavam sozinhos no quarto!

            Anahí arregalou os olhos na intenção de pedir para que ela parasse de falar. Poncho deu risada e Maite riu também.

         - Não quero nenhuma confusão nessa noite! – ela disse.

         - "Onfusão", mamãe? – perguntou Manu para a mãe.

         - Nada, filho! A tia Maite é doida!

        - Sou!! – abaixando na altura de Manu e Dani, fazendo cócegas neles. – sou doida para fazer cosquinhas em vocês!

         As crianças começaram a rir, envolvidas na brincadeira. Porém Anahí e Poncho não estavam prestando atenção no divertimento dos três. Eles novamente estavam se olhando fixamente.

           Anahí sentia uma leve vertigem. Queria voltar logo para casa, mas ao mesmo tempo sentia que estava bom ficar ali. Sentia medo das sensações internas, pois não sabia o quanto aquilo era prejudicial ao seu bebê.

           - Vamos para a sala? - perguntou Anahí. - preciso ficar um pouco sentada.

          Seu coração pedia para não voltar para a sala. Ali estavam seu marido e a Diana, e então novas sensações poderiam vir causadas pelo ciúme e, quem sabe, pela inveja. Mas seu lado racional afirmava que era isso que precisava! Só estando nos braços do seu marido para todas as reações de seu corpo se acalmarem e tomarem seu devido lugar.

         - Vamos! - Poncho disse ainda olhando para ela.

         - Vamos! - Maite levantou animada. - Todos estão loucos para conhecer as crianças.

         Ela foi caminhando na frente e os outros quatro chegaram juntos na sala: Anahí de mãos dadas com Manu, ao seu lado Dani de mãos dadas com Poncho. Pareciam uma família.

          Maite os olhou admirada. Olhou para Christian que lhe dava um sorriso cúmplice, entendendo totalmente o que ela queria dizer. Aquele olhar incomodou Anahí. Assim que seus olhos pararam em seu marido, ela apressou-se em sentar ao seu lado.

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now