Capítulo 105

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    Andrés estendeu os braços para Maite e a viu parada. 

   - Posso? - ele perguntou na intenção de abraçá-la. 

   Maite não sabia explicar como a presença de Andrés mexia com ela. Sentia seu corpo gelado internamente e seu coração palpitava em uma velocidade fora do normal. Era diferente do que já havia sentido por Mane ou qualquer outro homem que já havia passado em sua vida. Até mesmo por ele, que mesmo depois de anos de amizade, era a primeira vez que se sentia daquele jeito.

    - Sim, pode. - disse finalmente, permitindo que o abraço fosse dado.

    Colocando-a em seus braços, ele a envolveu fazendo que com que ela se sentisse protegida. Não sabia bem do que, mas ele lhe causou esta sensação.

    Ficaram assim por alguns segundos em silêncio, apenas sentindo o corpo um do outro. Andrés conseguia perceber a batida acelerada do coração de Maite e a sua reação corporal, mas não falou nada naquele momento. 

     - Ai não, o que ele está fazendo aqui? - Dulce falou assustada. 

   Os dois se afastaram do abraço e olharam para Dulce, acompanhada de Christopher. Estava extremamente assustada olhando para os dois.

   - Maite, ele veio de fora. - falou nervosa.

   - Desculpe, Dulce. - Andrés falou. - Eu sei que vocês estão em isolamento, mas eu também estava e fiz dois testes do covid antes de entrar. Inclusive um aqui na porta. Ambos deram negativo.

    Dulce olhou para Christopher, já não se sentia 100% segura ao lado do marido e naquele momento percebera que mais uma pessoa não estava se cuidando.

   - Andrés! - Anahí os olhou animada, empurrando o carrinho com seu filho, e Manu caminhando ao seu lado. - Que bom  que você chegou!

  Ela foi até ele e deu um abraço rápido.

  - Ele fez o teste e deu negativo.- Maite a alertou.

 - Não tenho dúvidas. - Anahí disse. - Ele não te colocaria em perigo, não é mesmo, Andrés?

- Com certeza. - ele sorriu.

- Isso é óbvio. - Anahí disse com convicção. - Mas que bom que você chegou, assim eu não deixo a minha amiga sozinha. 

  Todos estranharam a fala de Anahí e ela deu uma risada da expressão que fizeram naquele momento.

  - Quero comunicar a vocês que já contratei um motorista para me levar para a Cidade do México em segurança. Estou indo para lá com as crianças.

   - Como assim? - perguntou Dulce assustada. - Como você vai se arriscar desse jeito junto com eles?

  - Não será risco nenhum. Vou fazer Igual ao Poncho e o Man... - interrompeu a fala ao olhar o Andrés. - O... Como o Poncho e próprio Andrés. Vou sair daqui e ir direto para a Cidade do México.

   - Se soubesse que você iria, poderia voltar com mesmo motorista que me trouxe. - Andrés disse.

  - É, combinamos mal. - ela deu risada. - Mas não tem problema, eu já contratei. Ele vai vir amanhã de manhã. Eu não aguento mais de saudades do meu namorado. Preciso ir.

  - Isso que é amor. - Andrés disse em um sorriso.

- Você me entende, não é mesmo? - Ela olhou para Andrés e para Maite. Esta lhe repreendia através do olhar. - Enfim, preciso ficar com ele. Já ficamos muito tempo longe um do outro.

O Milagre do ReencontroWhere stories live. Discover now